A falta de preparo da mão-de-obra brasileira é um desafio
significativo para as empresas que buscam recrutar e selecionar colaboradores
qualificados. A frase "Não sabe escrever, não sabe ler e não sabe fazer
conta" ainda reflete a realidade de muitos trabalhadores brasileiros nos níveis
básicos. Aqueles com nível superior chegam ao mercado, muitas vezes,
despreparados.
Isso não apenas dificulta o recrutamento e seleção de
colaboradores, mas também torna difícil para as empresas realizar suas rotinas
de acordo com as boas práticas. O crescimento das empresas, o desenvolvimento
de novos projetos, a construção de novas plantas e a redução dos desvios da
qualidade é uma tarefa hercúlea para os empresários.
O diagnóstico é simples: as ações governamentais estão muito
longe de mitigar este problema e as oportunidades de negócio, estão aí, atendo
na porta de muitas empresas. O ramo de produção de medicamentos é um deles.
É hora de agir ou perder as oportunidades. As empresas têm
de trazer para si, definitivamente, a responsabilidade da capacitação e do desenvolvimento
das habilidades em um país que não investe em educação. Este é o ônus.
Pinço, entre as muitas medidas, quatro que reputo significativas:
- Aumentar (de verdade) a oferta de estágio e treinamento prático para estudantes de nível técnico e superior.
- Desenvolver programas de mentoria e coaching para ajudar os colaboradores a melhorar suas habilidades e conhecimentos.
- Investir (de verdade) em programas de treinamento e desenvolvimento para melhorar as habilidades dos colaboradores. Treinamentos periódicos que explorem os aspectos técnicos, os de boas práticas e também os comportamentais.
- Criar o indicador “Percentual de horas de treinamento por colaborador/mês” e determinar um patamar desejado mínimo e outro de desafio. Incluir essas horas em seus planos de produção.
Os recrutadores não fazem milagres! Ou mudamos, de fato, ou
perderemos as oportunidades que estão por vir. É como eu penso.
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